the journey to the east
If only you could see what I've seen with your eyes

Wednesday, July 16, 2008

Pois claro que é a Alice

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Pois claro que é a Alice. Vamos a ver, se dou por terminado o tema dos gatos neste blogue.

Tuesday, July 15, 2008

Etelvina com 6 meses

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Etelvina (1975) - Sérgio Godinho


Aproveito o tema dos gatos e das gatas, para dedicar ao novo membro da minha família , a gata Etelvina, uma música a condizer com o nome. Parabéns ao fotografo, não sei quem foi , mas é uma bela de uma fotografia.

Parabéns para nós, que estamos a crescer de amor ; )

obs. Esta do crescer de amor é para dar um ar alternativo.

Thursday, May 29, 2008

A Alice

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Para os amigos que tem saudades…

Wednesday, May 7, 2008

Mirtilos para todos


Gostei do filme, acho que vou ver outra vez, e vou contar quantas vezes é que existem pessoas a limpar vidros.


Não sou uma grande fã do Wong Kar-wai. Gostei muito do "Chungking Express" e do "In the Mood for Love", achei excessivo e detestei o "2046", porque é completamente vazio, sem qualquer sentido, e com uma grande banda sonora, e uma fotografia fabulosa.

Pensava que não iria ter qualquer prazer a ver um novo filme deste realizador, fiquei muito desiludida com o último.

Mas nesta Blueberry pie existe honestidade na forma como as cenas são apresentadas. Sim, não é real aquela América, mas a visão, a atmosfera é real para ele(Wong Kar-wai) e para mim também.

Acho que ele nunca se expôs tanto.

Os planos são encenados atrás de vidros sujos, ou com letras, mal iluminados, e sem som. Os planos em vez de esconderem o que se quer dizer, ficando apenas numa superfície estética de mistério e desencontros, mostram e confessam. Os segredos deixam de ser escondidos em buracos, mas são enviados em postais e no fim… vejam o filme.

Beijinhos doces com sabor a tarde de mirtilos.

Wednesday, April 30, 2008

Dia 1 de Maio

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Sunday, March 30, 2008

Uma imagem pelo povo Tibetano

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Fotografia de Henri Cartier-Bresson 1978 Suiça

Monday, January 21, 2008

Saturday, December 29, 2007

Searching For Mr Right

Neste final de ano, continuo à procura de Mr. Right

Searching for Mr Right
Waiting up half the night

Feeling like I'll be dead
Before I'm old
Teaching myself to be
The Young Untold

How can I hope to be
Someone for you to see?

Blind as the Fate decrees
I will go on
Teaching myself to be
The Young Untold

Am I in vain tonight?
Lose you against the light
Who can you be
Mr Right?

(Stuart Moxham) Young Marble Giants

Friday, December 21, 2007

Sunday, December 9, 2007

Novo Projecto


Esta cadeira poderá ser a inspiração para o novo projecto de estofo. Aguardo pela fotografia da cadeira a recuperar.
















Gio Ponti, Superleggere bicolore, 1957












Saturday, December 8, 2007

Assento (quase)







Já só falta fixar o assento, na parte do espaldar.

Sunday, December 2, 2007

Fixar o embalado




O ponto ao centro


No centro de assento faz-se o ponto como se vê na imagem.


































Este será o aspecto geral do ponto no centro do assento. Neste momento as costas, frentes e laterais ainda estão abertas, para que se possa colocar mais crina vegetal.

O embalado ( 1ªparte)


Esta é já e a segunda parte da documentação do processo de fabrico do assento da cadeira.

O embalado:


A crina depois de aberta é presa ao assento, através dos pontos largos que anteriormente efectuámos na linhagem.








A crina deverá ficar colocada como mostra imagem.




Ao colocar o pano da linhagem, a crina vai moldar-se à forma do assento. Quanto mais crina colocar mais resistente será o assento.

Monday, November 12, 2007

ex-sistere

Começo agora a de comentar as etapas do assento, que o levarão a existência plena, no final de Dezembro.

Para que exista assento, para além de todas as implicações transcendentes, espirituais ou mesmo filosóficas, existe uma, não menos importante, que é a das etapas ou a sistematização do processo de realização do acto de existir.

Apresento aqui essas etapas.

Não é no entanto garantido, que seguindo estas etapas, consigam ajudar a que exista um assento. Por que existir é feito de outra coisa.

Como escreve Miguel Unamuno, em Como se faz uma novela, página 45.(da grifo).

“É curioso que a palavra grega para designar que alguém está louco seja a de estar fora de si, análoga à latina ex-sistere, existir. É que a existência é uma loucura, e aquele que existe, o que está fora de si, o que se dá, o que transcende, está louco.”






Sunday, March 25, 2007






“Se o homem é formado pelas circunstâncias,
é necessário formar as circunstâncias humanamente.”


K. Marx e F. Engels, A sagrada Família.

Saturday, December 23, 2006

“O que faz um homem é como se o fizessem todos os homens. Por isso não é injusto que uma desobediência num jardim contamine toda a humanidade; por isso não é injusto que a crucificação de um único judeu baste para a salvar. Schopenhauer porventura tem razão: eu sou os outros, qualquer homem é todos os homens.”

Jorge Luís Borges in Ficções

Tuesday, December 5, 2006

A grande viagem interior

“Não quero deixar de o saudar nesta quadra do Natal em que, em plena festa, a sua solidão lhe deve parecer mais dura do que em qualquer outro momento. Se assim for, regozije-se. Ora pense: que seria uma solidão que não fosse uma grande solidão?
A solidão é uma e, por essência, grande, pesada e difícil de suportar.

viagem

Quase todos conhecem horas que trocariam de boa vontade pela mais banal e medíocre das conveniências, pela aparência do menor acordo com qualquer ser, por mais indigno. Mas talvez essas horas sejam precisamente aquelas em que a solidão se amplifica – e o seu crescimento é doloroso como o das crianças e triste como a ante-primavera. Mas não se importe. Uma só coisa é necessária: a solidão a grande solidão interior.
Caminhar em si próprio e, durante horas, não encontrar ninguém – é a isto que é preciso chegar.”

In Cartas a um jovem poeta de Rainer Maria Rilke

Monday, December 4, 2006

Arrojos

















“Se aquela por quem já não tenho risos
Me concedesse apenas dois abraços,
Eu subiria aos róseos paraísos
E a lua afogaria nos meus braços.”

Cesário Verde

Sunday, September 24, 2006

The act of paying is perhaps the most uncomfortable infliction that the two orchard thieves entailed upon us

“Again, I always go to sea as a sailor, because they made a point of paying me for my trouble, whereas they never pay passenger a single penny that I ever heard of. On the contrary, passengers themselves must pay. And there is all the difference in the world between paying and being paid. The act of paying is perhaps the most uncomfortable infliction that the two orchard thieves entailed upon us. But being paid, - what will compare with it?
The urban activity with which a man receives money is really marvelous, considering that we so earnestly believe money to be the root of all earthly ills, and that on no account can a monied man enter heaven. Ah! How cheerfully we consign ourselves to perdition!”In Moby-Dick by Herman Melville



This is a quotation of my holiday’s reading.
Of course I’m not a sailor, I wish I was.
For now I will continue to cheerfully consign myself to perdition,



Or breaking stone, or gaze through the day’s illusion

voo

Tuesday, September 19, 2006

Chester, Nova Scotia

rua

rua3


Friday, May 5, 2006

Pope Yoda


Pope Yoda, the ancient and revered Catholic Master, lived his final years hiding on the swamp city of Vatican. This could be the title of this cartoon.

Don’t get me wrong I love Yoda the Jedi Master, and I would love to believe that the pope is just a little bit like him, but I can’t. Anyway… is my wishful thinking.

This great cartoon is on exhibition in Sintra it’s the 1st prize caricature of the World Press Cartoon.
The Exhibition will be at Centro Olga Cadaval in Sintra, Portugal from April 21 till May 20, 2006.

Monday, April 24, 2006

April 24 -30, 2006


Turn of television week; think about the effect that television as on your live, how it shapes your thinking.
Get in perspective, imagine that television is watching you, scary isn’t it?

Have a look at the site http://www.adbusters.org/metas/psycho/tvturnoff/

Friday, April 14, 2006

Evil is the impotence of the will to release them self’s from the slavery of inclinations

virgem


Yes, this post is about advertising in a time that the Blessed Virgin Mary helped to sell coffee.



encerite

These objects are from the thirties, it’s really easy to see the social representations of that time, maybe because those images or experiences are so far from us.



farinha

It is the representation that makes the object possible rather than the object that makes the representation possible. This introduced the human mind as an active originator of experience rather than just a passive recipient of perception.

Thursday, April 6, 2006

Que dias há que n’alma me tem posto um não sei quê, que nasce não sei onde ...

theblackrider


Busque Amor novas artes, novo engenho,
Para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que n’alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei porquê.


Sonetos de Camões

Monday, February 27, 2006

Saturday, October 22, 2005

Todos à cinemateca

ir para site da cinemateca

Estava eu a pensar que devia chamar atenção dos amigos para irem à cinemateca rever ou ver Ivan o terrível do Eisenstein, e o VERTIGO do Hitchcock , e logo depois na programação aparecem vários filmes do João César Monteiro e mais à frente os filmes do Nicholas Ray ….
Fiquei na dúvida… qual dos filmes falar …. Por isso vejam o programa de cinemateca …. Só estou a escrever isto porque sei que o pessoal anda distraído … e só gosta de grandes efeitos de produção e argumentos rebuscados .
A ESSES, eu digo:
- Vejam EISENSTEIN.

ir para site da cinemateca


Eu cá, como sou fã, vou aproveitar para ver Nicholas Ray. Vai passar: They Live By Night; The Lusty Men; On Dangerous Ground;
Sinto-me com sorte, é que ainda por cima tenho horário para ver … é claro que existem outras pérolas … mas infelizmente ainda não é desta …

Tuesday, October 11, 2005

há coisas que ninguém quer perder

ir para o site do filme


Gostei muito de Alice, gostei logo no início da escuridão da sala. Fiquei a pensar …bom antigamente o cinema português tinha uma qualidade de som deplorável agora deve ser moda fazer filmes escuros.
Mas não, enganei-me.
A certa altura já estava a perguntar-me:
- Mas que raio, porque é tão escuro?
Passei do preconceito à questão.
Devo dizer que foi na cena da piscina que compreendi. Por essa altura estava já sem ar, e tudo me parecia um grande exercício de estilo… Mas o azul e a luz da piscina, aliás toda a sequência, fez-me acreditar no filme. Tinha deixado de ser aflitivo e passado a ser acolhedor. Se é que alguma vez podia ser. Naquela pausa para respirar senti que estava a ser respeitada, que me queriam contar uma história e contavam com a minha atenção.
O filme passa a ser estranhamente quente, existe na chuva, no nebuloso, uma luz fraca que resulta em agasalho. Faz lembrar aquela luz que acendemos quando vamos espreitar um bebé que está a dormir e não o queremos acordar, vamos só confirmar que está bem…

Somos deixados nessa luz com uma história assustadora. A história de como sobreviver à perda de alguém que amamos, como encontrar um sentido para aceitar esse facto, quando nada parece fazer sentido? Como é que controlamos a realidade? Povoamos as cidades de câmaras até encontrarmos o que queremos? Como aceitar o vazio sem reagir? é preciso fazer alguma coisa para encontrar?

Como Mário Cláudio pergunta in Amadeu "Na trama de relações que constituem a história (...) somos nós que nos buscamos ou o encontro objectivo que se dá?"

E se é preciso ir em busca de, para encontrar, para que é que serve uma estratégia, para nos enredarmos nela?
A estratégia ou quotidiano apenas talvez sirva para suportar a ausência, para conseguir sobreviver. No final do filme já sem distanciamento para poder acreditar. Mário ficou embrenhado na estratégia, tal como nós vamos ficando.

Para encontrar é preciso acreditar. Em todos nós, como nos rostos da multidão, falta acreditar. Estamos tão fechados dentro dos nossos mecanismos de ida e volta, onde todos os acessos são circulares, que mesmo que esteja na nossa frente outra realidade, já não acreditamos… estamos loucos.

Já perceberam porque gostei?